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sábado, 26 de março de 2011

Poema de Moacir Rocha














O poema da flor

Ao entra no jardim, fiquei extasiado com tanta beleza.
Era intensa a mistura de cores e flores..
Acácias, camélias, lírios, orquidias, crisântemos, dálias;
Rosas vermelhas, amarelas, brancas; flores exóticas; nativas;
um quadro lindíssimo; uma visão apaixonante e encantadora.
Flores..lindas flores; flores que transformam ambientes;
que aformoseiam rostos; que alegram corações; que
perfumam a alma; que relembram amores; que externam paixões.
Flores que alegram e embelezam a vida...
que conquistam corações.
As flores com certeza são dádivas de Deus para a humanidade.
-Eu estava embevecido, deleitando-me com tão rara visão,

quando percebi em um determinado canto , isolada e com ar
de abandono, uma linda flor do campo, em seu singelo vaso de barro.
O que mais chamou-me a atenção foi o seu ar de tristeza e solidão;
parecia abatida, desanimada; cabisbaixa; completamente inclinada para chão.
Aproximei-me e percebi uma minúscula partícula d'agua descendo
de sobre uma de suas singelas e delicadas pétalas.


-Pequena e singela flor, por que choras?...
- Perguntei -lhe, tomado pela emoção -
Ela respondeu-me prontamente, ainda voltada para o chão:
-Sinto-me deslocada, triste e abatida, em meio a essa multidão;
em meio a essa inebriante mistura belezas e cores...
em meio a tão belas rosas e flores...
Sinto-me feia, fosca...na verdade, sinto-me uma excessão.
Eu não sei o que estou fazendo aqui...

morrendo estou de solidão...
Eu quero voltar para o campo, pro mato, pra roça..
Quero voltar para a minha amplidão...

quero voltar pro meu verde...
O campo é a minha paixão.
Eu quero me sentir desejada, querida, dócil, amada...
Quero exalar meu perfume...
E quero chamar a atenção...

de quem passa na estrada admirando a criação
Quero reavivar amores e paixões.
Quero ser colhida por mãos apaixonadas e tremulas...

quero mover emoções.
Quero a simplicidade e a beleza do campo,
onde a natureza canta e encanta...
Onde os poemas brotam do chão;
Onde o matuto, o caipira e o roçeiro, trazem em suas mãos calejadas,
as marcas das duras enxadas, que pesam com a força do chão.
Mas também tiram, das cordas de uma viola surrada,

a mais linda e bela canção.
Eu quero ouvir a liberdade; a liberdade que se encontra nas aves,

no néctar das flores, nos lírios dos vales...no pio da coruja, nas montanhas e vales...
oh!...eu quero voltar para o campo...

-Oh, querida flor do campo, que em muitos campos brotou...
És declamada e aclamada em muitos poemas de amor;
Nas diversas circunstancias em que o amor outorgou
a sua beleza e fragancia, seja, sob a intensa luz do sol,

ou do pálido clarão da lua; ou debaixo do brilho prateado de uma linda estrela nua.

Querida e singela flor, tu és sinonimo de paixão.

És intermediaria entre o sonho e a vida;
Tocas em muitos corações.
Proporcionas belos momentos; motivo és de inspiração.
És querida e muito desejada, por olhares de admiração.
Contudo querida flor, se isso te conforta e te tira da solidão;

Se te enche de alegria, e te renova o coração...
Prometo que te levarei de volta, pro campo e sua amplidão...
Te plantarei com carinho, te regarei com doçura, e te adubarei com paixão.
Mas te deixarei livre e solta, para encantar o coração...
Que acredita na poesia, e no fim da solidão...

Na da alma de um poeta...
Que ama de coração.

Um comentário:

Unknown disse...

Belo poema, parabéns ao poeta que sabe colocar doçura e encanto em todo lugar.

Deus fala comigo!! ...